Olhos cor de chuva
Olhos cor de chuva, que semeia a terra,
Planta as sementes dos frutos mais belos, a imaginação.
Olhos cor do céu, arco da beleza,
Que deslumbra a imaginação.
Traz para si os mais cativantes sonhos,
Enobrecendo a pura arte de desejar:
O mais belo dos encantos,
Mais rico das expressões,
A mais perfeita memória,
que se deseja adquirir.
Te tocar é o puro casamento com arte.
Te sentir é conquistar tudo que procuras.
Te ter é saber que o destino foi justo,
Com o sonho da infância,
Com o desejo de criança, que Deus um dia fez acontecer.
Nunca é possível cruzar com a arte,
Nem dominar seus traços inesperados,
Nem muito menos possuir o inexplicável.
Mas é possível enamorar com a arte,
Desvendar seus segredos dentro da memória,
Descobrir os genes da criação!
Olhos cor de mar que invade os sentimentos,
Que abre a janela dos anseios,
Para encontrar com aquilo que mais misteriosos és!
Só a alma mais justa, só o coração mais puro, só a dignidade mais verdadeira
pode chegar até o fim da vida cheio de fé e esperança,
Adquirindo os belos sonhos da infância.
Parar, só quando a alma diluir sua própria essência.
Esperar, sempre que uma luz chegar à percepção:
De que um dia é possível,
a sorte nascer,
a natureza transformar a história,
Chegando feliz ao destino da vida.
A justiça de Deus, a sorte dos homens e o grande sonho de uma pequena criança
faz das suas preces, ditas por si mesmas, unir o dia com a formosa arte,
tudo expressado na sua simples imaginação.
Tal arte é vista pelos olhos
Que abre seu interior para a realidade de um tesouro,
O diamante mais delicado e meigo, arte feita por Aquele que é!
Se este dia acontecer, as gotas do céu serão o grande sinal da realeza
E será vista por todos:
O encontro da arte com a beleza;
A união do sentido com a vida,
Do sonho com o inexplicável amor
Que um pobre homem sempre sonhou!
Marcelo Fernandes Dez/2006
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